Por: Blog Rita Ramos Cordeiro - Imagem: Pixabay
O significado dado à Anencefalia, é a ausência de encéfalo, ou seja, ausência total ou parcial do cérebro.
Esta definição não é totalmente correta, visto que o encéfalo compreende, além do cérebro, o cerebelo e o tronco cerebral. Os bebês anencéfalos, embora não tenham cérebro ou boa parte dele, têm o tronco cerebral funcionando. O tronco cerebral é constituído principalmente pelo bulbo, sendo um alongamento da medula espinhal.
Controla importantes funções do organismo, entre elas, a respiração, o ritmo dos batimentos cardíacos e certos atos reflexos (como deglutinação, o vômito, a tosse e o piscar dos olhos.)
Neste caso, não se sabe com precisão qual a parte do cérebro que pode estar presente em um bebê anencéfalo. A anencefalia é uma má formação adquirida e não congênita, e admite vários graus, sendo que a sobrevivência de um bebê anencéfalo pode variar muito.
Ele pode morrer ainda no útero. Pode viver alguns minutos após o nascimento ou até 2 anos, ou mais, como muitos casos já registrados. Nos casos de gravidez de bebês anencéfalos o aborto é legalizado. O fato é que após um exame médico, a mãe tem como indicação, a interrupção da gestação, com a alegação de que não faz sentido esperar o nascimento, pois a morte é eminente. Alegam a maioria da classe médica, que o reconhecimento da Anencefalia “in útero”, ou na enfermaria após o nascimento, é traumático para os pais e que, como a sobrevida do anencéfalo é pequena, não é necessário o cuidado que recebem outras crianças.
A família destes bebês discorda desta posição da medicina, declarando que os bebês anencéfalos são seres humanos como qualquer outra criança que necessitam do carinho e amor dos pais. Em casos comprovados que atestam a sobrevivência dos bebês anencéfalos após o primeiro ou segundo ano de vida, os pais afirmam que as crianças reconhecem o timbre de voz da mãe.
Apesar dos médicos concluírem que estes reconhecimentos são apenas reflexos, o amor e a intuição de uma mãe é muito mais forte e precisa do que a definição médica. A existência de Deus, a certeza da existência do espírito, mesmo nos casos dos bebês anencéfalos, só comprova que todos temos o direito de lutar pela vida, e que ninguém pode decidir pela morte, seja em qual caso for.